"Pela despinguinização do Direito!" (Luis Alberto Warat)

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Terremoto e terrorismo



New Delhi. Hoje. Meu primeiro terremoto. O tremor foi sentido na hora do banho, em um dia após uma cansativa viagem de 200 Km e 05 horas (cada trecho) para Agra - detalhe, as dez horas de carro foram devidas não à estrada (era boa, asfalto perfeito), nem mesmo ao veículo (um novo e confortável utilitário Toyota, de bancos de couro), mas ao limite máximo de velocidade permitida: 50 Km ( vacas, motos, pedestres e buzinas intermitentes ao longo de toda a via). Passava da meia-noite quando o hotel tremeu. Foram segundos fortes. Barulho e portas batendo. E a surpresa: o que foi isso? Ninguém nos havia advertido de uma possibilidade de earthquake, nem mesmo o que fazer em caso tal. Ao contrário: ameaças de bombas eram a todo tempo nos impostas sem que se verbalizasse. Bastava a revista a que nosso veículo passava ao ingressar no hotel. Bastava o raio X e o detector de metais no lobby. Pois bem. Náo foi uma bomba. Foi um earthquake, disse-nos a recepcionista por telefone. Insatisfeita, liguei a TV: CNN foi o primeiro canal localizado. Agora o terror se instaurou: na tela duas informaçoes. O tal terremoto de 4.2 graus e uma explosáo de bomba no dia de hoje (07/09), que vitimou 11 pessoas e feriu outras tantas. Uma imagem na tela sobre o atentado à Suprema Corte, outra em letras garrafais na barra da imagem. Nao preciso dizer que nesse momento, quase dez horas depois da explosão, a repórter, que veste um sári verde, interroga, aos gritos, oficiais de polícia que, em janela menor, explicam o ocorrido, enquanto em tela maior, à esquerda, repetem-se as mesmas imagens de pessoas correndo pela rua - as mesmas imagens de horas atrás, de pessoas assustadas. A pergunta atual da inquisidora: "como deixar as pessoas seguras?" Em uma cidade com 16 milhões de habitantes? Que tal começar a dizer algo sobre o tal terromoto...

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