"Pela despinguinização do Direito!" (Luis Alberto Warat)

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Escritores narcisistas, outra do meu "ghost" PR







Vi uma entrevista de Lygia Fagundes Telles na TV anos atrás e fiquei apavorado. Até hoje aquelas imagens me perseguem. Nunca tinha visto uma pessoa - exceção feita, talvez, aos políticos e professores de Direito - que demonstrasse publicamente tanto respeito e admiração por si mesma. Que tivesse uma opinião tão excelente acerca de si e de sua "obra".
Neste momento, relembro que "obrar" era a expressão utilizada pelos áulicos del rei para significar aquele momento em que sua Majestade abria seus esfíncteres assentado na proverbial chaise percée.
Havia reis, como os de França, por exemplo, que obravam ao mesmo tempo em que despachavam com seus subordinados e ministros. Tudo muito natural e humano.
Demasiadamente humano.
Disso tudo recolho apenas uma certeza: o narcisismo intoxica como qualquer opiáceo. Induz o drogadito à dependência químico-psicológica. O narcisista é uma patrola que acredita demais em si mesmo e se leva a sério permanentemente. Sua auto-admiração tóxica é uma agressão a todos os demais.

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