tag:blogger.com,1999:blog-41340651221202997672023-11-16T11:15:01.672-03:00Aversão por versõesRChttp://www.blogger.com/profile/15095926743513012621noreply@blogger.comBlogger23125tag:blogger.com,1999:blog-4134065122120299767.post-51704114713839440102011-10-24T17:50:00.005-02:002011-10-24T18:18:30.717-02:00Rafaelle de Giorgi em POA!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaUetsDmzI681AjIRfNZa6v4rMYqC8WMf7RZqzd7A3UbvlnaU56TjrkofHC05YXkJPps37djHDt4LhvuVHZ0Mk-oeiE66Vy0nuRFeSvlqD3SW_gXe8WEC9VrcQiH_GECHzHiS-vDFrsnTw/s1600/i.gif"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 282px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaUetsDmzI681AjIRfNZa6v4rMYqC8WMf7RZqzd7A3UbvlnaU56TjrkofHC05YXkJPps37djHDt4LhvuVHZ0Mk-oeiE66Vy0nuRFeSvlqD3SW_gXe8WEC9VrcQiH_GECHzHiS-vDFrsnTw/s400/i.gif" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5667148817616036402" /></a><br />Queridos, faltam dois dias! <br /><br />Iniciará na quarta-feira o 2º Congresso da Associação Brasileira dos Pesquisadores em Sociologia do Direito!<br /><br />Promoção em parceria com Uniritter e ESADE, 30 horas de atividades complementares e presenças internacionais de Rafaelle de Giorgi (Lecce, Itália) e Carlos Lista (Nova Iorque, Oñati e Córdoba). <br /><br />Dentre os nacionais, visitam a capital Willis Santiago Guerra Filho (PUCSP), Juliana Magalhães (UFRJ), Wálber Carneiro (UNIFACS, Bahia), Arnaldo Bastos Neto (UFGO), José Ribas Vieira (PUC-Rio), Joaquim Falcão (FGV-Rio), Marcelo Mello (UFF), e Artur Stamford da Silva (UFPE). Da Província de São Pedro, nós: Renata Almeida da Costa (Uniritter e Esade), Álvaro Oxley (PUCRS), Rodrigo de Azevedo (PUCRS), Lisandro Wottrich (Ulbra), Paulo Fayet (ESADE), Mariana Weigert (Uniritter), Dani Rudinick (Uniritter), Fernando Tonet (Faplan/Anhanguera), Maurício Reis (Esade), Guilherme Azevedo (Unisinos), Maria Palma Wolff (PUCRS), Sandra Vial (Unisinos), Castor Bartolomé (Unisinos), Anderson Teixeira (Ulbra), Moyses Netto (ULbra), José Carlos Bortolotti (Faplan), Otaviano Kury (FSG, Caxias do Sul), José Vicente Tavares dos Santos (UFRGS), Leonel Severo Rocha (Unisinos) e Salo de Carvalho (UFRGS).<br /><br />Inscrições em: www.uniritter.edu.br/abrasd, ou clicando no cartaz!!RChttp://www.blogger.com/profile/15095926743513012621noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4134065122120299767.post-48875787645500483122011-09-07T16:58:00.009-03:002011-09-07T17:33:31.772-03:00Terremoto e terrorismo<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmtT4eCnuQNz9YyDbjqo0sRzC8JjhQIamoPAYsl0u0wTlBQF0rZSgTzYA3SfPD04Kxxt3pP_gPmlt69crPDoiovqb0GY0DxjX4cz9fkvLIlKEq8CG4N-N2M3l3XmjkBhPpB5WO6_JrXPYT/s1600/STP60180.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmtT4eCnuQNz9YyDbjqo0sRzC8JjhQIamoPAYsl0u0wTlBQF0rZSgTzYA3SfPD04Kxxt3pP_gPmlt69crPDoiovqb0GY0DxjX4cz9fkvLIlKEq8CG4N-N2M3l3XmjkBhPpB5WO6_JrXPYT/s400/STP60180.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5649716026184768754" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9Iu8DiMVgIXXLaGRQnlyxbLa9FlW1nhMlrpIANrKF8j2xPyyzWGdkKZpBojxa498rpFSHSYckOTZqo_Ea8LsW870Y4MxyE3kbdnofI4YYi8DoioKNt_0W6xWgwBiwqMBC5e-WSOQKROf8/s1600/STP60281.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9Iu8DiMVgIXXLaGRQnlyxbLa9FlW1nhMlrpIANrKF8j2xPyyzWGdkKZpBojxa498rpFSHSYckOTZqo_Ea8LsW870Y4MxyE3kbdnofI4YYi8DoioKNt_0W6xWgwBiwqMBC5e-WSOQKROf8/s400/STP60281.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5649716019734665394" /></a><br />New Delhi. Hoje. Meu primeiro terremoto. O tremor foi sentido na hora do banho, em um dia após uma cansativa viagem de 200 Km e 05 horas (cada trecho) para Agra - detalhe, as dez horas de carro foram devidas não à estrada (era boa, asfalto perfeito), nem mesmo ao veículo (um novo e confortável utilitário Toyota, de bancos de couro), mas ao limite máximo de velocidade permitida: 50 Km ( vacas, motos, pedestres e buzinas intermitentes ao longo de toda a via). Passava da meia-noite quando o hotel tremeu. Foram segundos fortes. Barulho e portas batendo. E a surpresa: o que foi isso? Ninguém nos havia advertido de uma possibilidade de earthquake, nem mesmo o que fazer em caso tal. Ao contrário: ameaças de bombas eram a todo tempo nos impostas sem que se verbalizasse. Bastava a revista a que nosso veículo passava ao ingressar no hotel. Bastava o raio X e o detector de metais no lobby. Pois bem. Náo foi uma bomba. Foi um earthquake, disse-nos a recepcionista por telefone. Insatisfeita, liguei a TV: CNN foi o primeiro canal localizado. Agora o terror se instaurou: na tela duas informaçoes. O tal terremoto de 4.2 graus e uma explosáo de bomba no dia de hoje (07/09), que vitimou 11 pessoas e feriu outras tantas. Uma imagem na tela sobre o atentado à Suprema Corte, outra em letras garrafais na barra da imagem. Nao preciso dizer que nesse momento, quase dez horas depois da explosão, a repórter, que veste um sári verde, interroga, aos gritos, oficiais de polícia que, em janela menor, explicam o ocorrido, enquanto em tela maior, à esquerda, repetem-se as mesmas imagens de pessoas correndo pela rua - as mesmas imagens de horas atrás, de pessoas assustadas. A pergunta atual da inquisidora: "como deixar as pessoas seguras?" Em uma cidade com 16 milhões de habitantes? Que tal começar a dizer algo sobre o tal terromoto...RChttp://www.blogger.com/profile/15095926743513012621noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4134065122120299767.post-59729004085144116112011-08-30T16:39:00.002-03:002011-08-30T17:22:04.952-03:00Evento de Sociologia do Direito<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZsDDkTsGaaGIKajz4_T6oPJq6OBsC_N0x1UDysw3UQvU6WlGbvwJD7xrKIenZxUih0sRjQLsvPiHYjQLUE-6hkQ6Yo-R6Pq0_kT44KuwSxICXg3cO9UiSPFPxn5AXiXxk8tU6XSYW-Vv0/s1600/i.gif"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 282px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5646736096988810498" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZsDDkTsGaaGIKajz4_T6oPJq6OBsC_N0x1UDysw3UQvU6WlGbvwJD7xrKIenZxUih0sRjQLsvPiHYjQLUE-6hkQ6Yo-R6Pq0_kT44KuwSxICXg3cO9UiSPFPxn5AXiXxk8tU6XSYW-Vv0/s400/i.gif" /></a>
<br />
<br /><div></div>
<br />RChttp://www.blogger.com/profile/15095926743513012621noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4134065122120299767.post-33855857411934272942011-01-12T16:19:00.008-02:002011-01-13T00:41:47.660-02:00Escritores narcisistas, outra do meu "ghost" PR<div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7u6j57Qoa5p0ccIx6TEnhDZrNAG8POgm8SQ98QLrCbczK9qhRKDGVXnMw7h1BTDnB0SyeKr3OJt5JHWMfdN3835jtjSPhh3Q0Z6U7YZJ6YgO1s14-93F9RUAyaP6Mzp9ywAVmt-4Y_c3V/s1600/Lygia.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5561367145235484418" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 92px; CURSOR: hand; HEIGHT: 109px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7u6j57Qoa5p0ccIx6TEnhDZrNAG8POgm8SQ98QLrCbczK9qhRKDGVXnMw7h1BTDnB0SyeKr3OJt5JHWMfdN3835jtjSPhh3Q0Z6U7YZJ6YgO1s14-93F9RUAyaP6Mzp9ywAVmt-4Y_c3V/s400/Lygia.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div><br /><br /><div></div><br /><p align="right"></p><br /><div>Vi uma entrevista de Lygia Fagundes Telles na TV anos atrás e fiquei apavorado. Até hoje aquelas imagens me perseguem. Nunca tinha visto uma pessoa - exceção feita, talvez, aos políticos e professores de Direito - que demonstrasse publicamente tanto respeito e admiração por si mesma. Que tivesse uma opinião tão excelente acerca de si e de sua "obra".<br /><a title="http://images.google.com.br/imgres?imgurl=" href="http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.virtualmuseum.ca/Exhibitions/Gestes/images/reserve/msg/msg_087.jpg&imgrefurl=http://www.virtualmuseum.ca/Exhibitions/Gestes/francais/r_msg.html&usg=__HS0v1FFMilB8PjjZxqvAChcDIcY=&h=200&w=152&sz=9&hl=pt-BR&start=12&tbnid=aQFJMlt0wem7rM:&tbnh=104&tbnw=79&prev=/images%3Fq%3Dchaise%2Bperc%25C3%25A9e%26gbv%3D2%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG" imgrefurl="http://www.virtualmuseum.ca/Exhibitions/Gestes/francais/r_msg.html&usg=" w="152&sz=" hl="pt-" __hs0v1ffmilb8pjjzxqvachcdicy="&h="></a>Neste momento, relembro que "obrar" era a expressão utilizada pelos áulicos del rei para significar aquele momento em que sua Majestade abria seus esfíncteres assentado na proverbial chaise percée. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ4mFoNIR7vHGyZlpCCBURkwm8e1uVjC-Y-enKuj1_qIgJ8vf_XT2W263jMNKHRy93GW26vtydj24HjUntdKXa4w2O8UHIOq2oxWfGHGYb4BzP__XtDeJPgBYZhfjrayk-fAm_55Lqmxo2/s1600/WC.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5561366842286186178" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 108px; CURSOR: hand; HEIGHT: 157px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ4mFoNIR7vHGyZlpCCBURkwm8e1uVjC-Y-enKuj1_qIgJ8vf_XT2W263jMNKHRy93GW26vtydj24HjUntdKXa4w2O8UHIOq2oxWfGHGYb4BzP__XtDeJPgBYZhfjrayk-fAm_55Lqmxo2/s400/WC.jpg" border="0" /></a><br />Havia reis, como os de França, por exemplo, que obravam ao mesmo tempo em que despachavam com seus subordinados e ministros. Tudo muito natural e humano.<br />Demasiadamente humano.<br />Disso tudo recolho apenas uma certeza: o narcisismo intoxica como qualquer opiáceo. Induz o drogadito à dependência químico-psicológica. O narcisista é uma patrola que acredita demais em si mesmo e se leva a sério permanentemente. Sua auto-admiração tóxica é uma agressão a todos os demais. </div></div></div>RChttp://www.blogger.com/profile/15095926743513012621noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4134065122120299767.post-61443425670080525272010-12-28T12:37:00.009-02:002011-01-12T01:05:22.817-02:00Lyrics<div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiB9i9XlKv0Qw6P_wZJK2Fh_b1Qnwnn4KHxZug_fQ3GFcuyBooX7miD_g6bXwMzu6T_iUu_RxB9oHeKU36_Rol4VM7qSifjvKFCTmVWMM7zwByflLJ3lPe5dufMj-p-PD7maGez41NJXRn/s1600/Matt+Monro.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5555742531219761474" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 197px; CURSOR: hand; HEIGHT: 256px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiB9i9XlKv0Qw6P_wZJK2Fh_b1Qnwnn4KHxZug_fQ3GFcuyBooX7miD_g6bXwMzu6T_iUu_RxB9oHeKU36_Rol4VM7qSifjvKFCTmVWMM7zwByflLJ3lPe5dufMj-p-PD7maGez41NJXRn/s400/Matt+Monro.bmp" border="0" /></a> NO PUEDO QUITAR MIS OJOS DE TÍ No puedo creer que es verdad Que tanta felicidad haya llegado hasta mi Y simplemente aprendí que el cielo siento alcanzar Pensando que voy a amar Por eso no puedo así, quitar mis ojos de ti Tu tienes tienes que perdonar Mi insolencia al mirar Toda mi culpa no es, me he enamorado esta vez Dificil es ser y existir, sin ti no quiero vivir Por eso no puedo así, quitar mis ojos de ti Te quiero mucho, mi bien comprendelo, te quiero mucho Con toda intensidad te necesito, digote la verdad Te quiero mucho y pido sin cesar que no me dejes Ya que te encontré pues voy a amarte siempre quiero amarte<br /><br /><object class="BLOG_video_class" id="BLOG_video-FAILED" height="266" width="320" contentid="FAILED"></object></div>RChttp://www.blogger.com/profile/15095926743513012621noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4134065122120299767.post-53062563184346254952010-12-28T12:21:00.009-02:002011-01-10T20:14:15.658-02:00Amor à primeira vista<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkewawxiQR_U-HgLxS2JvQeQWPDiStmmn8dys7bLT0Bug9QuSxbJy6l8DVOhu-8EGG172q3jk3MFoksgCiXcZOsfBba39P1sU7fQj_RmCMx6eB5N8yg4WG-6HketNOBFqH8LI1cSU0B5bY/s1600/PR.bmp"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 160px; height: 120px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkewawxiQR_U-HgLxS2JvQeQWPDiStmmn8dys7bLT0Bug9QuSxbJy6l8DVOhu-8EGG172q3jk3MFoksgCiXcZOsfBba39P1sU7fQj_RmCMx6eB5N8yg4WG-6HketNOBFqH8LI1cSU0B5bY/s400/PR.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5555741948027298290" /></a><br />Renata, mimosamada do Tio:<br /> <br />Lágrimas de saudade me vêm aos olhos quando relembro a primeira vez que ouvi essa feliz melodia na interpretação única de nosso consagrado astro da canção inglesa, Matt Monro (vide abaixo).<br />Que coisa maravilhosa.<br />Corria o ano de 1969, e este que te escreve era apenas um menininho de doze para treze anos, cujo mundo se restringia a Porto Alegre e Alegrete, com alguma chegada eventual a Quaraí, Uruguaiana, Libres, Artigas ou Rivera. A BR-290 - tanto quanto as demais estradas gauchinhas - não era totalmente pavimentada. Vinha-se de Alegrete a Porto Alegre de forma acidentada, por uma via cheia de buracos, lamaçais, pedregulhos afiados, pouca brita e muita poeira. A viagem eram doze horas cheias de aflição, chegando-se à Capital do Estado no início da noite, num acesso muito mal sinalizado, pontilhado de caminhões e ônibus, em tráfego intenso e perigoso. Alcançar inteiro e sem fraturas a Ponte do Guaíba era uma proeza de lavor fino e realização heróica .<br />O Brasil era um lugar semiagreste, mais brutal e incivilizado do que hoje, de infinitas distâncias e ancestrais atrasos, o perfeito Bananão.<br />Pois qual não foi minha surpresa, naquele fevereiro de 1969, quando, por sugestão de uns tios, cheguei com minha família à belíssima Punta del Este, cheia de elegância, cosmopolitismo e refinamento!<br />Toda mi culpa no es/Me he enamorado esta vez.<br />A Playa Mansa era um areal sem fim, com uma ou outra solitária casa de veraneio despontando em meio a céus muito azuis, cômoros colossais e vegetação rasteira.<br />Mas o centro, a deliciosa Avenida Gorlero, já ostentava seu portentoso glamour e sua saborosa atmosfera de pequena esquina do mundo. A publicidade uruguaia incensava o mais recente empreendimento imobiliário, o edifício Castellamare - el más hermoso de la Peninsula, a Fanta era hecha con yugo de naranjas uruguayas, os automóveis deveriam rodar com neumáticos F.U.N.S.A* , e os senhores elegantes deveriam vestir-se com ternos feitos de Acrocel - joven elegancia en casimires. (Para as classes populares estava disponível o Lavi-Listo - no se plancha! , uma espécie de camisa Volta ao Mundo bem zurrapa, que dispensava passá-la a ferro, bastando lavá-la e pendurá-la num cabide, à noite, para voltar miseravelmente a vesti-la na manhã seguinte). Para seu desjejum (desayuno) ou lanchinho, sua preferência deveria recair sempre sobre as Galletitas 'Al Maestro Cubano', sempre fresquinhas, crocantes e deliciosas.<br />Foi naquela mesma Playa Mansa, em meio ao areal, que fomos almoçar, com uns amigos argentinos, em algo que se compararia - hoje - ao Rancho do Baturité dos anos 70, em Balneário Camboriú, SC.<br />E foi lá que ouvi, pela primeira vez, Matt Monro cantar essa excelente versão de Can't Take My Eyes Off of You, grande sucesso nos EUA de 1967, gravada que fôra por Frankie Valli.<br />Por eso no puedo así/Quitar mis ojos de ti ...<br />Indisfarçável meu encantamento.<br />Na sorveteria de uma esquina da Gorlero, eu ouvia, numa reluzente jukebox, os Beatles cantarem Hey Jude, inserindo uma fichinha na maquineta, coisa que me deliciava porque ainda inédita para nós, em Porto Alegre. Mais além, havia um flipperama sempre lotado de buliçosos garotos argentinos, e, no delicioso cinema, pela primeira vez, entrei num filme "proibido para menores de 18 anos". Que façanha!<br />E o filme não era outro senão o clássico Viver por Viver, de Claude Lelouch, com Yves Montand, Candice Bergen e Annie Girardot. <br />Que coisa deslumbrante.<br />Eu não conseguia parar de não acreditar em minha boa sorte. <br />E esta foi minha Estrada de Damasco esteña, minha epifania inigualável e inesquecível na Banda Oriental.<br />Faz 41 anos e não me lembro de ter vivido coisa melhor. Até hoje.<br />Beijo,<br />PR<br />* F.U.N.S.A = Fabrica Uruguaya de Neumáticos Sociedad AnonimaRChttp://www.blogger.com/profile/15095926743513012621noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4134065122120299767.post-56433433797396626302010-11-11T15:10:00.006-02:002010-11-11T15:20:38.426-02:00Sobre simplicidade e humanismo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_cUD221IytaB0AQZqQkYWIx_qOC78rp0daSF3HtpXSweckyZbXj_VaInlMYubGcs7w848V8b1IILwU3VJo3qAUMNrgerM1ZAoWLVTniF0KVb9enDAQH8U65e52o_6RfmPFgfOUh6AI78V/s1600/Renata+Iphone+096.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_cUD221IytaB0AQZqQkYWIx_qOC78rp0daSF3HtpXSweckyZbXj_VaInlMYubGcs7w848V8b1IILwU3VJo3qAUMNrgerM1ZAoWLVTniF0KVb9enDAQH8U65e52o_6RfmPFgfOUh6AI78V/s400/Renata+Iphone+096.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5538341820362430834" /></a><br />"Quando cumprir o dever é um ato de heroísmo, é preciso deixar diferenças de lado e promover a unidade em torno dos que estão na trincheira e nos dão o exemplo." <br /><br /><br />+ em http://www.esade.edu.br/esade/noticias/educacao/elite-da-tropa-711.htmlRChttp://www.blogger.com/profile/15095926743513012621noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4134065122120299767.post-86455016874551410842010-11-05T13:00:00.001-02:002010-11-05T13:02:05.495-02:00Luiz Eduardo Soares na ESADE e na UFRGS<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDGX1NwtB03AXkd23XqfGeSRgbwNquTQUsSSkhRDI2f9uJXVqYMxKBJ8vIUeHbbgT5DqQgEh80pSw4umerBPGI1VuiV7MZ0UgaCvYgzNXU7YOV-lUjjd2HXnjH5sHXyQvBowOLsngDMfdY/s1600/DIREITO+UFRGS+E+ESADE17.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 283px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDGX1NwtB03AXkd23XqfGeSRgbwNquTQUsSSkhRDI2f9uJXVqYMxKBJ8vIUeHbbgT5DqQgEh80pSw4umerBPGI1VuiV7MZ0UgaCvYgzNXU7YOV-lUjjd2HXnjH5sHXyQvBowOLsngDMfdY/s400/DIREITO+UFRGS+E+ESADE17.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5536080988285260514" /></a>RChttp://www.blogger.com/profile/15095926743513012621noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4134065122120299767.post-58251848143756836492010-10-09T00:34:00.003-03:002010-10-09T00:38:59.013-03:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTTrkmX35A1DY72N4Wmoo4D3cT0hG7b6vVJEe3SolMVt1EMypCPHmMawcG3as6gPcBN0E-XJz1eBOw5BeHAxmzH_JqvXs1kz10TvNZ5FZeqh-2isekFEzcBTlPX1kFXCPOOUnSXHA5pMsK/s1600/Tropa-de-Elite2_11.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTTrkmX35A1DY72N4Wmoo4D3cT0hG7b6vVJEe3SolMVt1EMypCPHmMawcG3as6gPcBN0E-XJz1eBOw5BeHAxmzH_JqvXs1kz10TvNZ5FZeqh-2isekFEzcBTlPX1kFXCPOOUnSXHA5pMsK/s400/Tropa-de-Elite2_11.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5525884932543382898" /></a><br />O Tropa 2 não vai agradar...<br />Por isso, é tão bom.RChttp://www.blogger.com/profile/15095926743513012621noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4134065122120299767.post-61108571733708288672010-06-11T17:51:00.003-03:002010-06-11T17:54:16.488-03:00Mal-estar III<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXPS54kQN6pKoiSFoALLZ8TIDfMhXr92cIJxFqTFkxcDoFu9pe_Q-LtQtsaOxbpBc8wwQZqLygUexlxFNQMMIKZtGoVIxKhUTsnD1PZ0rvdj0lOj2Mx29-k2CAC19cuigv46NTFlZFBFf2/s1600/Luto.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 113px; height: 113px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXPS54kQN6pKoiSFoALLZ8TIDfMhXr92cIJxFqTFkxcDoFu9pe_Q-LtQtsaOxbpBc8wwQZqLygUexlxFNQMMIKZtGoVIxKhUTsnD1PZ0rvdj0lOj2Mx29-k2CAC19cuigv46NTFlZFBFf2/s400/Luto.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5481622238953756018" /></a><br /> A perda do colega e amigo I.G.V.RChttp://www.blogger.com/profile/15095926743513012621noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4134065122120299767.post-4504695034315510232010-06-11T15:08:00.004-03:002010-06-11T15:19:27.987-03:00Mal-estar na sociedade II<div>Campanha de arrecadação de CHINELOS PARA OS APENADOS DO IPF!!!!!</div><br /><div>Em pleno inverno gaúcho. Chinelos? Que Estado é esse???? </div><br /><div>E o pior, mais uma campanha estabelecida pelo poder público.</div><br /><div> </div><br /><div> </div><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7-FEIynGr8yWNdS8b1BW_HalFH587So9xgk3k4W5MX1mPmoiRzwesuVEg8qhlLhjvM-_GkgdVhNB-4Yuar-rnRVen1YwA9ISqtaZfNntUkqAbjxfJFfwhyjt-sBNO5-JVE8btknSuBAHO/s1600/Renata+Iphone+041.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5481579885042393298" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7-FEIynGr8yWNdS8b1BW_HalFH587So9xgk3k4W5MX1mPmoiRzwesuVEg8qhlLhjvM-_GkgdVhNB-4Yuar-rnRVen1YwA9ISqtaZfNntUkqAbjxfJFfwhyjt-sBNO5-JVE8btknSuBAHO/s400/Renata+Iphone+041.jpg" border="0" /></a> </div>RChttp://www.blogger.com/profile/15095926743513012621noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4134065122120299767.post-79179189400187696872010-06-11T13:23:00.004-03:002010-06-11T15:18:57.644-03:00Mal-estar na sociedade I<div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSnSF9lWFj1-l-yifBm7xy_tR7r_0XcKbyWdcdVEQ0MyvtZrMLBOmi4xvx7tNaIoWS0dwNpq4r73CPdreQriVCUnyxnEOhGjz648wUx88SbyvQFubK1dxjmWKCPysjOlMSYcrPv7D-KJKj/s1600/Renata+Iphone+036.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5481552676887416546" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSnSF9lWFj1-l-yifBm7xy_tR7r_0XcKbyWdcdVEQ0MyvtZrMLBOmi4xvx7tNaIoWS0dwNpq4r73CPdreQriVCUnyxnEOhGjz648wUx88SbyvQFubK1dxjmWKCPysjOlMSYcrPv7D-KJKj/s400/Renata+Iphone+036.jpg" border="0" /></a> Seja solidário: faça coleta seletiva do lixo e <strong>ajude um catador de papel a alimentar sua família</strong> (?????????????????????????????????)</div><br /><div> </div><br /><div>Campanha motivada por setor do judiciário gaúcho.</div><br /><br /><div></div><br /><br /><div></div>RChttp://www.blogger.com/profile/15095926743513012621noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4134065122120299767.post-85597404775452624652010-03-23T01:54:00.005-03:002010-03-23T02:19:33.596-03:00O segredo dos seus olhos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMJlxanviJkiJDfQvu_BFSeqwe6x5qZitT4ouch5grCZ2HTjaMpPmz8TBOpNF0AnfdIL9k6_YzOGpyPTtg5xCKZN6BhPnYLUg70zR1ikJeGe0VCXHGiy-6pIjkyVaasGoMFJY1g3TcQLA2/s1600-h/1_cultura_091009.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 180px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMJlxanviJkiJDfQvu_BFSeqwe6x5qZitT4ouch5grCZ2HTjaMpPmz8TBOpNF0AnfdIL9k6_YzOGpyPTtg5xCKZN6BhPnYLUg70zR1ikJeGe0VCXHGiy-6pIjkyVaasGoMFJY1g3TcQLA2/s400/1_cultura_091009.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5451694189403572514" /></a><br />Imperdível.<br /><br />Sobre o filme, encontrei esta entrevista na rede, que espero seja verdadeira, com o Campanella:<br /><br /><br />Acredita que o filme pode ajudar no debate, pela maneira como um dos personagens busca justiça? <br /><br />- Justiça, não vinganza. Pode gerar um debate a partir disso. Certas coisas ocorrem quando o Estado não faz o que deve ser feito. Se as escolas não forem cuidadas, as crianças são educadas nas esquinas. Se não aplicar justiça, surgem estupidezes como uma parede de metro e meio. A perversão ocorre quando não se cumpre com a ordem natural das coisas. <br /><br />- E o debate no plano político? Porque a novela abrange de 1968 a 1976, e um dos personagens nefastos é genro de um coronel, mas no final se centra em 1974-75, com uma cena chave no Ministério do Bem- Estar Social. <br /><br />- Eu explico. A ditadura foi tão terrível que todos estes anos pusemos o foco nela. Mas muitos garotos, agora, crêem que tudo começou em 24 de março de 1976, por causa de uma inesperada invasão de extraterrestres. Pareceu-me mais interessante ver como é que certos limites num governo democrático começam a ser invadidos, no que se entende como uma democracia recuperada. O que se chama "o ovo da serpente", que mostramos nessas cenas, é o que permite fazer com que nossos personagens " percebam a transição", por usar esse termo. Como um bônus, os maiores reconhecerão também os planos do Altar da Pátria, e atos de prepotência que hoje parecem invenção de uma mente febril, mas existiram. Recomendo-lhe um livro de Marcelo Larraquy sobre López Rega. Além disso, comprimimos a história porque de outra forma teríamos que ambientar quatro épocas em vez de duas, diluindo o efeito "panela de pressão". <br /><br />- É louvável toda a recuperação desses tempos. <br /><br />- Sou obsessivo. No reencontro em 1999, como estavam as paredes dos Tribunais? Que celulares eram usados? Para os anos 70 estudamos muito La trégua (qualquer desculpa é boa para vê-la). Analisamos gestos, léxico, portafolios, cortes de cabelo, cinzeiros, discutimos sobre o papel que envolvia os torrões de açúcar Méndez ( fui até a fábrica em Barracas, não havia ninguém, sorte que na Internet encontramos um colecionador nostálgico). É incrível, mas essa década foi a mais colorida que possamos imaginar. A sorte é que ninguém ia de verde ou de laranja aos Tribunais . Na cena Retirando-se, tivemos a sorte de que os protagonistas são pessoas de cores sérias, rodeadas de cores brilhantes, fora de foco, o que vai com a descrição do narrador: o primeiro que recorda são os olhos dela, o resto é tudo impreciso. Igual tomamos uma licença na cena de futebol: nesse instante Furacão não tinha bandeja visitante, dado que poucos conhecem e poderia confundí-los. <br /><br />- O que me confunde é como fizeram essa cena. Entre nós, como é que o senhor conseguiu essa impressionante tomada aérea que culmina com uma perseguição em primeiro plano, mistura de humanos e digitais? E pode durar cerca de seis minutos, sem notar nenhum corte? <br /><br />- Avance quadro a quadro e não verá nenhum. Muitos sites de software de efeitos visuais já nos estão pedindo essa tomada, mas agora não vou revelar nada. Faz parte da diversão que todos se intriguem, querendo saber "como foi feito". Só direi que levamos dois anos de preparação, três dias de rodagem com atores e 200 extras, e nove meses de pós-produção, empregando em parte o programa Massive , usado por Peter Jackson em O senhor dos anéis. Os da produtora "100 bares" somos os únicos na América Latina que podemos e sabemos usar esse programa. Agradeçamos a nosso supervisor de efeitos visuais Rodrigo Tomasso, da região de Entre Rios, que faz cursos na América do Norte e esperemos que não o levem. <br /><br /><br />- O senhor também não. <br /><br />Só vou quando devo filmar um capítulo de House ou A lei e a Ordem. Chego nas vésperas da pré-produção, que dura oito dias, logo me dão o roteiro, desenho como vai ser filmado, vejo o casting de atores que aparecerão nesse capítulo, filmo, edito e volto. Não diferencio entre filmar aquí e lá. Nossos técnicos e artistas também são muito bons. <br /><br />- Em O segredo… alguém parafraseia o general Peron, "Se junto só os bons seremos bem poucos", mas em seus filmes se juntam uma quantidade enorme de gente boa. <br /><br />- É certo, muitos me acompanham há muito tempo, como Ricardo Darin e Soledad Villamil, Chango Monti na fotografia, sua filha Cecilia, vestuarista, Mecha Alfonsin, diretora de arte, Fernando Prefeito, primeiro assistente de direção, imprescindível para uma rodagem ambiciosa como esta ou Walter Rippel, diretor de casting, que sempre me oferece dois ou três achados entre os atores secundários. Aqui, por exemplo, Mario Alarcón no papel de juiz e o humorista José María Gioia com uma pinta importante de polícia. Uma tristeza nos olhos, uma cara branca, obtida simplesmente ao diminuir essa energia tão efusiva que o caracteriza. Às vezes, as pequenas mudanças são tão grandes! Com o Francella foi suficiente tirar-lhe o bigode, colocar uns óculos de armação grossa e penteá-lo de outra forma. E com os personagens principais, foi suficiente colocar dois sobrenomes; um título para ela e o sobrenome Expósito para ele. E que ambos atores, num ensaio, começassem a se tratar de maneira mais formal. Com isso, já ficaram definidas as distâncias, e as possibilidades de complementação e apreço através do trabalho cotidiano: ela aparece com toda a educação, e ele com a rua toda. <br /><br />Conto-lhe também que a busca do sobrenome dele foi extensa e só conseguimos resolvê-la três dias antes de começar a filmagem. Descartamos o da novela, Chaparro, porque no México isgnifica baixinho e causaria graça. Roccatagliata também, porque nos recordava uma criatura de Nini Marshall. Expósito é o sobrenome perfeito. Real, musical, nada cômico, além do sentido de menino abandonado na porta de um hospício. <br /><br />- De quem são "seus olhos"? <br /><br />- Vantagens do castelhano. Podem ser dele, dela, de outro, ou dos demais. Este jogo em inglês não é aplicável. Puseram-lhe o nome de The secret of their eyes, não me convence. Tomara que alguém encontre um título em inglês que faça justiça ao filme. <br />__________________<br />Daniel Sendrós. Publicado na revista Criterio, www.revistacriterio.com.ar e no http://www.miradaglobal.comRChttp://www.blogger.com/profile/15095926743513012621noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4134065122120299767.post-54863957738007449952010-02-09T14:20:00.005-02:002010-02-09T14:31:10.122-02:00Angeli e o feminismo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOsRsfZXP3UIauJeRJC7_PxnPS_bbstG6J66NgSRFarWTABT96QfojLVpiZlvKXeqDtrZirj7VAVr39Cr9H0Txh-YyB0nE50rINW_bVTSmNQXWqc_UTQx9kjKYwLmzl8pjY1ybZ2SW_KO6/s1600-h/re-bordosa-481.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 299px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOsRsfZXP3UIauJeRJC7_PxnPS_bbstG6J66NgSRFarWTABT96QfojLVpiZlvKXeqDtrZirj7VAVr39Cr9H0Txh-YyB0nE50rINW_bVTSmNQXWqc_UTQx9kjKYwLmzl8pjY1ybZ2SW_KO6/s400/re-bordosa-481.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5436281931525447282" /></a><br />Essa foi por provocação do blogue do Salo.RChttp://www.blogger.com/profile/15095926743513012621noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4134065122120299767.post-61969811349220986462010-02-05T15:47:00.007-02:002010-02-06T00:58:12.649-02:00Prisões e CoimbraO texto do David Coimbra, publicado no Jornal Zero Hora, em 05 de fevereiro de 2010, impressiona.<br /><br />Não por que se revela audaz ou revolucionário nos seus fundamentos – ao contrário. Traz à massa o que já foi/é amplamente difundido em cadeiras de Criminologia e, com sorte, em aulas de Direito Penal travadas nos bancos de graduação e de pós-graduação de Faculdades de Direito.<br /><br />Não por que critica um “movimento” de intolerância que permeia os discursos legislativos, midiáticos e, tiranamente, jurídicos. <br /><br />Mas porque se vincula a um veículo de comunicação social que, tradicionalmente, promove “crime waves”, emprega manchetes aterrorizadoras, vende o espetáculo da criminalidade, põe na berlinda gestores públicos e, subliminarmente, conclama a opinião leiga a reivindicar mais sangue. <br /><br />O texto “Os presos do Brasil” se contrapõe até mesmo à opinião de outros colegas periodistas, habituados à construção da página policial com suas matérias que, por vezes, distorcem fundamentos de julgamentos e falas de julgadores sob o escopo de seu próprio (e ingênuo) pensamento: “ser o caos a soltura de pessoas condenadas”. <br /><br />Inserido no espaço “opinião”, o desabafo de Coimbra adquire destaque. Não colaciona imagens, não é encabeçado por frases de efeito, não busca a simpatia do leitor. <br /><br />Talvez por isso, e a despeito de todas as possíveis críticas que enseja(rá), satisfaça tanto.RChttp://www.blogger.com/profile/15095926743513012621noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4134065122120299767.post-45785381805465445462010-02-05T13:04:00.002-02:002010-02-05T13:08:46.942-02:00Um salve a David Coimbra!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDBHUBXif5WwD_LW8biCIz148nRI-5rE9-Ym0h7KTNzDkI8-1LtIP-_00qMDRHx__7GNEDwJfUmG335gt7QXPwmeeGw_nTv9KjrQ9_RgB4VQF4Q-Q7oO2lg8aeL2LVcoGSFqHEwr_thpsJ/s1600-h/miniatura_david_coimbra.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 142px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDBHUBXif5WwD_LW8biCIz148nRI-5rE9-Ym0h7KTNzDkI8-1LtIP-_00qMDRHx__7GNEDwJfUmG335gt7QXPwmeeGw_nTv9KjrQ9_RgB4VQF4Q-Q7oO2lg8aeL2LVcoGSFqHEwr_thpsJ/s400/miniatura_david_coimbra.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5434776496489432258" /></a><br /><strong>Os presos do Brasil</strong> <br />Prende-se demais neste país.<br /><br />Prende-se errado.<br /><br />A prisão é um instrumento punitivo mais ou menos recente no mundo ocidental. Consagrou-se com a Revolução Francesa, como quase todas as instituições do Estado moderno. Antes do século 18, os criminosos não eram presos. O Estado já se vingou do infrator, e o fazia com tanta crueldade que a Lei de Talião, o “olho por olho, dente por dente”, foi considerada um avanço – pelo menos estabelecia-se uma relação entre o delito e a punição. Com a sofisticação da Civilização, houve outros avanços, embora lentos. A ninguém ocorria a ideia de restringir a liberdade do condenado.<br /><br />O buraco no chão em que Herodes atirou João Batista, a masmorra na qual os legionários de Nero aprisionaram Pedro, a caverna em que Sócrates recebia Platão durante o período do seu julgamento, cada cárcere desses tinha a mesma função: reter o acusado até que fosse proferida a sentença. Assim, a pena de João Batista foi a decapitação, a de Pedro ser crucificado de cabeça para baixo no Coliseu e a de Sócrates beber um cálice de cicuta. A nenhum deles cabia a possibilidade da reclusão forçada.<br /><br />Na Idade Média, a mesma coisa. Não havia penitenciárias. As masmorras serviam para que o acusado esperasse pela condenação, que não raro era de mutilação, açoite, estripamento, humilhação pública ou, se o sujeito tivesse sorte, a morte rápida.<br /><br />A restrição de liberdade surgiu como uma medida humanitária, portanto. E foi. Mas está desgastada.<br /><br />A Arte, que está sempre à frente do Direito, ofereceu um exemplo bem ilustrativo disso, e o melhor: com base na realidade. No filme Meu Nome não é Johnny, o protagonista, João Estrela, é preso por tráfico de drogas. Ele de fato é um traficante, mas a juíza que examina seu caso percebe que se trata mais de um aventureiro do que de um traficante profissional. Pela letra fria da lei, teria de condená-lo à reclusão por longo período. Mas resolve lhe imputar uma pena alternativa: o recolhimento por dois anos a um manicômio judiciário. É o que lhe salva a vida. Saído do manicômio, João Estrela passou a trabalhar e reintegrou-se à comunidade. Tivesse sido preso, transformar-se-ia irremediavelmente em um bandido.<br /><br />É o que causam certas condenações. O sujeito comete um delito, mas não é um bandido. Talvez seja um projeto de, mas ainda não o é. Preso, torna-se um. Pelo convívio com assassinos, estupradores, sequestradores e traficantes, por ter de sobreviver nesse meio e, também, porque ele passa a ver-se como um bandido. Ele foi reduzido a tal, agora é esta a sua vida. Ele não tem alternativa, porque suas referências sociais são as do presídio. As do mundo do crime.<br /><br />O debate que levanta o Rio Grande, o chamado “prende-solta”, é um debate atrasado e triste. Nunca se prendeu tanto no Brasil, nunca os presídios estiveram tão lotados, e nunca a criminalidade foi tamanha. A repressão do Estado é importante e tem de ser bem aparelhada. Mas a pena de restrição de liberdade não há que ser a principal forma de punição. A Justiça precisa dispor de outras ferramentas punitivas. Não porque é mais humano. Não para que se faça bondade com o infrator. Mas porque é mais inteligente.RChttp://www.blogger.com/profile/15095926743513012621noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4134065122120299767.post-27367897669830828712010-01-16T02:55:00.005-02:002010-01-16T03:23:49.241-02:00Haiti<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwLsd08LCPjy6027eYrgOEI9T-Y4Z1UFS4XNuUeRQuPrQDChbd2WGsW9kOmnR00vORjXCSEEEIFVBuVRiR2a_XhJv3TtadQ09FYEoUzWJYUHGliN8pV4N6Hd5zND2d2G35Y6G9dNSrs9HZ/s1600-h/pris%C3%A3o+de+suspeito.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwLsd08LCPjy6027eYrgOEI9T-Y4Z1UFS4XNuUeRQuPrQDChbd2WGsW9kOmnR00vORjXCSEEEIFVBuVRiR2a_XhJv3TtadQ09FYEoUzWJYUHGliN8pV4N6Hd5zND2d2G35Y6G9dNSrs9HZ/s400/pris%C3%A3o+de+suspeito.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5427203984897256978" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2F_aXWbUfIDh8bnvZIxp3GkeLsdmuD-I0sxfSZbB4euE5Yk45yjKa_bCytx6WkIIp7nlkjWikZZY-PdbdG1FZC2rccHbwz83QMVxIJTO_er_jPYypRpovohta6oDJReN671fbcWUZHpDL/s1600-h/pol%C3%ADcia+e+terremoto.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2F_aXWbUfIDh8bnvZIxp3GkeLsdmuD-I0sxfSZbB4euE5Yk45yjKa_bCytx6WkIIp7nlkjWikZZY-PdbdG1FZC2rccHbwz83QMVxIJTO_er_jPYypRpovohta6oDJReN671fbcWUZHpDL/s400/pol%C3%ADcia+e+terremoto.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5427203981203530562" /></a><br />Quando você for convidado pra subir no adro<br />Da fundação casa de Jorge Amado<br />Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos<br />Dando porrada na nuca de malandros pretos<br />De ladrões mulatos e outros quase brancos<br />Tratados como pretos<br />Só pra mostrar aos outros quase pretos<br />(E são quase todos pretos)<br />E aos quase brancos pobres como pretos<br />Como é que pretos, pobres e mulatos<br />E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados<br />E não importa se os olhos do mundo inteiro<br />Possam estar por um momento voltados para o largo<br />Onde os escravos eram castigados<br />E hoje um batuque um batuque<br />Com a pureza de meninos uniformizados de escola secundária<br />Em dia de parada<br />E a grandeza épica de um povo em formação<br />Nos atrai, nos deslumbra e estimula<br />Não importa nada:<br />Nem o traço do sobrado<br />Nem a lente do fantástico,<br />Nem o disco de Paul Simon<br />Ninguém, ninguém é cidadão<br />Se você for a festa do pelô, e se você não for<br />Pense no Haiti, reze pelo Haiti<br />O Haiti é aqui<br />O Haiti não é aqui<br />E na TV se você vir um deputado em pânico mal dissimulado<br />Diante de qualquer, mas qualquer mesmo, qualquer, qualquer<br />Plano de educação que pareça fácil<br />Que pareça fácil e rápido<br />E vá representar uma ameaça de democratização<br />Do ensino do primeiro grau<br />E se esse mesmo deputado defender a adoção da pena capital<br />E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no feto<br />E nenhum no marginal<br />E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual<br />Notar um homem mijando na esquina da rua sobre um saco<br />Brilhante de lixo do Leblon<br />E quando ouvir o silêncio sorridente de São Paulo<br />Diante da chacina<br />111 presos indefesos, mas presos são quase todos pretos<br />Ou quase pretos, ou quase brancos quase pretos de tão pobres<br />E pobres são como podres e todos sabem como se tratam os pretos<br />E quando você for dar uma volta no Caribe<br />E quando for trepar sem camisinha<br />E apresentar sua participação inteligente no bloqueio a Cuba<br />Pense no Haiti, reze pelo Haiti<br />O Haiti é aqui<br />O Haiti não é aqui<br /><br />(Caetano e Gil)RChttp://www.blogger.com/profile/15095926743513012621noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4134065122120299767.post-52396482566965855032010-01-15T23:12:00.002-02:002010-01-15T23:19:21.206-02:00Cecília Meireles<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwfN6su-D4SCEZCSPZxcnglkoeCuqHtmRnC-UgPQjq1lTNOiI2FOZbhIoabSK7wtOpB_l8wTcwwtvMaLPoUa89npEu8Qt-wDlk0xMvgXRu1GSzGxNCwP98qXYEi1T-fcGIexRoE_d7UKGy/s1600-h/c_meireles.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 129px; height: 173px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwfN6su-D4SCEZCSPZxcnglkoeCuqHtmRnC-UgPQjq1lTNOiI2FOZbhIoabSK7wtOpB_l8wTcwwtvMaLPoUa89npEu8Qt-wDlk0xMvgXRu1GSzGxNCwP98qXYEi1T-fcGIexRoE_d7UKGy/s400/c_meireles.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5427139537905349442" /></a><br />(...) Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade.<br /><br />(...) Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano."RChttp://www.blogger.com/profile/15095926743513012621noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4134065122120299767.post-79038027126355682962009-12-25T23:57:00.005-02:002009-12-26T00:30:14.933-02:0025 de dezembroEu nao tenho nenhuma aversao pelo Natal. Mesmo depois que deixei de acreditar em Papai Noel e no nascimento do tal menino. Gosto do clima de festa, da arvore, das luzes, dos presentes, das comidinhas... e, claro, da sensa;ao de ferias - mesmo que nao sejam as minhas. Vibro com a saida dos outros da cidade, que fica mais tranquila, mais em paz, mais desfrutavel, enfim. Ah, e se o feriado puder ser passado a dois, em um hotel-spa, melhor ainda. <br /><br />P.S. a proposito, nao ganhei a luneta que queria (quando se cresce, alem de sumir, o Noel adquire vontade propria), mas ganhei um lindo (e tambem desejado) `minitop`. Como da para perceber, ainda nao acertei os acentos... <br /><br />MERRY XSTMAS!RChttp://www.blogger.com/profile/15095926743513012621noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4134065122120299767.post-83444942968779941852009-12-18T02:40:00.007-02:002009-12-18T03:17:21.239-02:00O que está no mundo - parte II: quem não baba é imputável.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhrVFyfVjs5Lw31RwQA2-iLOEpWOzlH03WkW4EOW6jgwH7sw_PoDSVHrG9yCUPYOaDeuVIWPxcee-E-Rngsn2qb51Xb4bVa50mU52PyX5a-CJW_3EcS12jUdP7sUExSGI9XVZwSgS4d3df/s1600-h/pierre+riviere.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 219px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhrVFyfVjs5Lw31RwQA2-iLOEpWOzlH03WkW4EOW6jgwH7sw_PoDSVHrG9yCUPYOaDeuVIWPxcee-E-Rngsn2qb51Xb4bVa50mU52PyX5a-CJW_3EcS12jUdP7sUExSGI9XVZwSgS4d3df/s400/pierre+riviere.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5416439728563990386" /></a><br />Parricídio, incesto e ausência de psicopatologia<br /><br />Segundo soube, em alguma cidade do estado do RS (mas poderia ter sido em qualquer outra do Brasil), um sujeito matou o pai, que caiu morto aos pés da filha infante(do homicida, neta da vítima). Há relatos de que a menina possuíra rompido o hímen desde os 9 anos de idade. O suposto responsável pelo desvirginamento da criança: o pai que matou o pai. Resumindo: a mesma pessoa teria cometido parricídio e incesto em curto, para não dizer no mesmo, lapso temporal. <br /><br />Submetido ao formalismo do controle estatal, o sujeito foi encaminhado a exame médico para verificação da "presença de alguma situação de relevância forense". Articulado, normotenaz, utilizou na entrevista mecanismos de projeção e negação. <br /><br />Conclusão: tudo na mais perfeita normalidade. <br /><br />E dá-lhe Direito Penal.RChttp://www.blogger.com/profile/15095926743513012621noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4134065122120299767.post-33445589108129616932009-12-16T02:06:00.000-02:002009-12-16T02:06:14.803-02:00O que está no mundo - parte I<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHTxFF5vofNDMk9xDWZARCrOqgaC27jdAgV9G5I4lpImua5BqQgjdkR3Sy1OvpyFC3Qj61VZvp8fxuGoNUS8e2dgG2RrHokch8Q93rlci8xySM6afA2BbwmQ6XVH33iQQIQiq4XOelDoPk/s1600-h/goyainquisio1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ps="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHTxFF5vofNDMk9xDWZARCrOqgaC27jdAgV9G5I4lpImua5BqQgjdkR3Sy1OvpyFC3Qj61VZvp8fxuGoNUS8e2dgG2RrHokch8Q93rlci8xySM6afA2BbwmQ6XVH33iQQIQiq4XOelDoPk/s320/goyainquisio1.jpg" /></a><br />
</div><br />
<div style="text-align: center;"><strong>O preso experiente</strong><br />
</div><div style="text-align: center;"><br />
</div>MP: Seu F. tu prestou depoimento na delegacia sobre esse fato?<br />
<br />
<br />
I: Eu fui forçado a assinar um depoimento lá que no dia que eles me levaram pro presídio me levaram tudo quebrado por causa da bronca com o delegado.<br />
<br />
MP: O senhor <strong>um preso experiente</strong> fez isso?<br />
<br />
I: Não é experiente sobre pressão, apanhando.<br />
<br />
MP: O senhor não sabe aquilo que o senhor assinou?<br />
<br />
I: Não sei.<br />
<br />
MP: Essa aqui é sua assinatura?<br />
<br />
J: Folha dezesseis.<br />
<br />
I: Sim. <br />
<br />
MP: O senhor disse pro delegado que tomou a sacola da vítima que estava desesperado e que ela lhe fincou o guarda-chuva na cabeça (...), não brigaram, disse que o senhor não fez uso de outros objetos contra ela, apenas pegou a bolsa, isso aqui esta no seu depoimento.<br />
<br />
I: Jamais cometi esse fato.<br />
<br />
MP: Então isso daqui que esta aqui não é verdade, o senhor só pegou a sacola e saiu?<br />
<br />
I: Não e nem peguei a sacola.<br />
<br />
MP: Nada mais Doutor.<br />
<br />
J: O senhor também não indicou onde estariam os objetos?<br />
<br />
I: Jamais eu faria isso, <strong>eu sendo que nem o senhor falou, um preso experiente</strong>, se eu tivesse feito uma bronca dessas eu jamais iria indicar onde eu deixei os bagulho, eu seria muito ingênuo.<br />
<br />
J: Defesa Doutora?<br />
<br />
D: Nada.<br />
<br />
J: Nada mais.RChttp://www.blogger.com/profile/15095926743513012621noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4134065122120299767.post-38806488956627698762009-12-15T00:27:00.002-02:002009-12-15T00:28:24.366-02:00Insegurança<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWxdj9qPcSA9VeZduHq1KZsXDZi7sx4XKiGscn8bOu-_qIqF8CSljbkYQ-DMrN2v_HjZ_hi0C0PvRq6QVwzsSKFmtopkRZd6DHUpGXLUX63TrJKG8VpurvgmmILdIDOHQizAJwwD6R1Mzm/s1600-h/Bauman.bmp"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5415216162856610034" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWxdj9qPcSA9VeZduHq1KZsXDZi7sx4XKiGscn8bOu-_qIqF8CSljbkYQ-DMrN2v_HjZ_hi0C0PvRq6QVwzsSKFmtopkRZd6DHUpGXLUX63TrJKG8VpurvgmmILdIDOHQizAJwwD6R1Mzm/s320/Bauman.bmp" style="cursor: hand; float: right; height: 320px; margin: 0px 0px 10px 10px; width: 320px;" /></a><br />
<div>Medo da vida <em>online</em> nada mais é do que o medo na vida real... Será? Eu que há tanto tempo propagandeio no Direito (Penal) o que sociólogos há mais de uma década já vêm afirmando, precisei reler Bauman para vencer minha indisposição para com a exposição virtual e abandonar práticas <em>voyeurs</em> de blogues alheios.<br />
</div><br />
<div></div><br />
<div>Aí está:<br />
</div><br />
<div></div><br />
<div>"(...) nosso sentimento agudo de insegurança deriva não tanto da carência de proteção quanto da inescapável 'falta de clareza de seu escopo1 (ombre portée) em um tipo de universo social que, como o nosso, 'for organizado em torno da infindável busca de proteção e da frenética busca de segurança' - estabelecendo assim padrões de proteção sempre crescentes, e previamente impensáevis, sempre à frente do que é atualmente possível de atingir. É nossa 'obsessão com segurança', assim como nossa intolerância a qualquer brecha - ainda que mínima - no seu fortalecimento, que se torna a fonte mais prolífica, auto-rentável e provavelmente exaurível de nossa ansiedade e de nosso medo. (BAUMAN, Zygmunt. Medo líquido. Rio de Janeiro: Zahar, 2008, p. 169).<br />
</div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div>Finalmente: inaugurei o blog. <br />
</div>RChttp://www.blogger.com/profile/15095926743513012621noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4134065122120299767.post-3253021284522290772009-12-15T00:04:00.000-02:002009-12-15T00:04:00.038-02:00A versão<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7f0q-OLXmfxOrhl3zC1DWS_mUyC7f4NSxUHzP6Md5sdaYG_gRAQ3vmxdgrlxe_JUdfIoPMobZKNalaYzMM90L3E6n8c5NqdGZEA-OPyiORnKJfoFsxMTxhfU-lSMefql8gjJVEupzeiKV/s1600-h/Renato+Russo+-+The+Stonewall+Celebration+Concert.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 313px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5415270381831779362" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7f0q-OLXmfxOrhl3zC1DWS_mUyC7f4NSxUHzP6Md5sdaYG_gRAQ3vmxdgrlxe_JUdfIoPMobZKNalaYzMM90L3E6n8c5NqdGZEA-OPyiORnKJfoFsxMTxhfU-lSMefql8gjJVEupzeiKV/s320/Renato+Russo+-+The+Stonewall+Celebration+Concert.jpg" /></a><br /><div>A versão para minha primeira aversão tem natureza adolescente: por que <em>traduziram</em> para o Português <em>Cathedral Song</em>? A versão russoniana grave já me bastava. Que coisa horrível aquela versão Duncaniana. Que saco isso. E daí que poucos entendiam a letra. É como se a arte precisasse ser compreendida por palavras. Não há nada mais pobre do que isso: a pretensão em ditar sentido ao lúdico, ao emotivo, ao poético, ao artístico. E o pior: os inc(a)ultos sequer são avisados da ausência de ineditismo da obra. Ou melhor, até são, mas só depois que milhões consumiram o produto... </div>RChttp://www.blogger.com/profile/15095926743513012621noreply@blogger.com1